segunda-feira, 31 de maio de 2010

Justiça social

Num país que pagou, em 2009, 76 milhões de euros aos administradores-executivos de apenas 17 empresas,

o Governo quer poupar este ano, no âmbito do PEC,

40 milhões de euros, reduzindo o subsídio de desemprego a centenas de milhares de pessoas.

Perdem-se e perdemos todos

Um homem, voando de balão, dá conta de que está perdido. Avista um GNR, aproxima-se dele e pergunta-lhe:
- Pode ajudar-me? Fiquei de me encontrar às duas da tarde com um amigo, já estou meia hora atrasado e não sei onde estou.
- Claro que sim! - responde-lhe o guarda - O senhor está num balão, a 20 metros de altura, algures entre as latitudes de 40 e 43 graus norte e as longitudes 7 e 9 graus oeste.
- Você é da GNR, não é?
- Sou sim senhor! Como foi que adivinhou?
- Muito fácil: porque o que me disse está tecnicamente correcto mas é inútil na prática. Continuo perdido e vou chegar tarde ao encontro porque não sei o que fazer com a sua informação...
- Ah! Então você é socialista!
- Sou! Como descobriu?
- Muito fácil: porque você não sabe onde está nem para onde vai, assumiu um compromisso que não vai poder cumprir e está à espera de que alguém lhe resolva o problema. Com efeito, está exactamente na mesma situação em que estava antes,

segunda-feira, 10 de maio de 2010

POBRES DOS NOSSOS RICOS




A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez
de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem
riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não
de ricos mas de endinheirados.
Rico é quem possui meios de produção.
Rico é quem gera dinheiro e dá emprego.
Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro, ou
que pensa que tem.. Porque, na realidade, o
dinheiro é que o tem a ele.
A verdade é esta: são demasiados pobres os nossos
"ricos". Aquilo que têm, não detêm.
Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade
de outros. É produto de roubo e de negociatas.
Não podem, porém, estes nossos endinheirados
usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram.
Vivem na obsessão de poderem ser roubados.
Necessitavam de forças policiais à altura. Mas
forças policiais à altura acabariam por lançá-los
a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma
ordem social em que houvesse poucas razões para a
criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi
graças a essa mesma desordem (...)

MIA COUTO